tag:blogger.com,1999:blog-360057092024-03-07T17:12:28.162+08:00{ d3sign@TivE } Design, Tecnologia & CulturaMeu nome é <a href="http://designative.vila.bol.com.br">Itamar Medeiros</a>, brasileiro vivendo em Xangai - China - onde leciono no <a href="http://www.raffles-design.com.cn">Raffles Design Institute</a>, DongHua University. Neste blog, eu e o designer <a href="http://www.brunoporto.com/">Bruno Porto</a> discutimos nossas impressões sobre Design, a Tecnologia e Cultura na China. Parts of this blog are available in English at <a href="http://sherjee.blogspot.com">http://sherjee.blogspot.com</a>Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-58825805920163086422007-01-18T20:19:00.001+08:002007-01-19T12:16:03.480+08:00{ d3sign@TivE } na ZeroHora<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/designative/361490226/" title="{ d3sign@TivE } na ZeroHora" target="_blank"><img src="http://farm1.static.flickr.com/148/361490226_d6fa8e97cf_m.jpg" alt="{ d3sign@TivE } na ZeroHora" style="border: 2px solid rgb(153, 102, 51);" /></a><br /><span style="margin-top: 0px;font-size:0;" > <a href="http://www.flickr.com/photos/designative/361490226/" title="{ d3sign@TivE } na ZeroHora" target="_blank">{ d3sign@TivE } na ZeroHora</a><br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/designative/" title="confira mais fotos de Itamar & Fabiane Medeiros no FLICKR" target="_blank">Itamar & Fabiane Medeiros</a> </span></div>Nosso <a href="http://designative.blogspot.com/" target="_blank">blog</a> sobre Design, Tecnologia e Cultura na China foi matéria do caderno de tecnologia na <a href="http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=7098&template=&start=1&section=ZH+Digital&source=Busca,a1399009.xml&amp;amp;channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=20&themeid=&sectionid=&suppid=&amp;amp;fromdate=&todate=&modovisual=#" target="_blank">ZeroHora</a>, jornal de Porto Alegre. Confiram um trecho da matéria:<br /><br /><blockquote>"Mesmo morando em um país conhecido pelos casos de censura à Internet, o designer pernambucano <a href="http://designative.vila.bol.com.br/" target="_blank">Itamar Medeiros</a>, 32 anos, recorre à web para manter os amigos informados sobre o seu dia-a-dia na China. Desde julho de 2005 em Xangai, onde leciona comunicação visual no <a href="http://www.raffles-design.com.cn/school/accademic.asp?file=1" target="_blank">Raffles Design Institute</a> da DongHua University, Medeiros mantém um blog (<a href="http://designative.blogspot.com/" target="_blank">http://designative.blogspot.com</a>) em conjunto com o designer carioca <a href="http://www.brunoporto.com/" target="_blank">Bruno Porto</a>, 35 anos, há quatro meses naquele país. O diário tem duas versões, em português e em inglês..."</blockquote><br /><br />A matéria na íntegra você lê na <a href="http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&amp;edition=7098&template=&start=1§ion=ZH+Digital&source=Busca%2Ca1399009.xml&channel=9&amp;id=&titanterior=&content=&menu=20&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&amp;todate=&modovisual=#" target="_blank">ZeroHora</a>.<br />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-4460678304030667792006-12-04T22:50:00.000+08:002006-12-05T18:11:05.795+08:00O Designer e os Piratas<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/brunoportodesign/314024918/" title="Slperman?" target="_blank"><img src="http://static.flickr.com/100/314024918_7ed6648bab_m_d.jpg" alt="Slperman?" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;">créditos: <a href="http://www.flickr.com/photos/brunoportodesign/" title="confira mais fotos por Bruno Porto no FLICKR" target="_blank">Bruno Porto</a></span></div>Lançada em 1934, a clássica tira em quadrinhos <a href="http://www.omelete.com.br/quadrinhos/artigos/base_para_artigos.asp?artigo=709" target="_blank">Terry e os Piratas</a> do norteamericano Milton Caniff era ambientada nos mares da China e apresentavam as aventuras do pré-adolescente Terry Lee ao lado do seu tutor, o aventureiro inglês Pat Ryan, e seu criado chinês Connie, contra os piratas asiáticos. Nunca fui particularmente grande conhecedor destas histórias, mas além de admirador do desenho sensacional, sei que a tira influenciou, décadas depois, a criação de um dos personagens favoritos da minha geração, Jonny Quest. Presentes em todos os campos da ficção literária e artes visuais, os piratas foram os responsáveis diretos pela origem de um marco não só dos quadrinhos mas da comunicação visual neste segmento (o primeiro herói a ter um uniforme e um símbolo): o <a href="http://www.universohq.com/quadrinhos/2006/fantasma70.cfm" target="_blank">Fantasma</a>, criado em 1936 por Lee Falk e Ray Moore. <br /><br />Daí o título curioso deste artigo – a se desdobrar em breve – que aborda aspectos da pirataria chinesa. Para isso, peço que relevem, apenas por estes textos, a importante questão dos direitos autorais. Que atire a primeira pedra quem nunca usou software ou fontes que desrespeitavam (especialmente em termos de remuneração) os autores originais. O objetivo destas mal digitadas linhas – direto de Xangai, na China, onde pirataria é coisa séria (no sentido de “intensidade” não de “seriedade”) – não é moralizar ou desmoralizar coisa alguma, mas sim contar umas historinhas que, espero, promovam alguma reflexão quanto a responsabilidade dos designers.<br /><br />Vê-se basicamente dois tipos de pirataria na China, e vou chamá-los de Cópia e Plágio. Por Plágio me refiro a utilização da criação/propriedade intelectual de terceiros de maneira… hmm… deturpada, e será tema do próximo artigo. Já a Cópia se refere a produção não autorizada de mercadorias cujos direitos autorais pertencem a terceiros. Estas possuem diversos níveis de acabamento, que vão dos excepcionalmente fiéis aos mais toscos. Itens extremamente bem acabados – como camisas Hugo Boss e alguns calçados Nike – sugerem uma superfaturação nas cotas de manufatura das fábricas chinesas onde estes produtos são atualmente produzidos, já prevendo esta finalidade de desvio. Mas é nas coisas com acabamento (de produção ou de design) sofrível, que surgem outras questões – e momentos impagáveis. Foi justamente neste formato que primeiro tomei contato com a pirataria chinesa logo na minha segunda semana aqui. O primeiro bucaneiro a gente nunca esquece.<br /><br />Aproximadamente um mês antes do filme de ação “Serpentes a bordo” / “<a href="http://www.imdb.com/title/tt0417148/" target="_blank">Snakes on a plane</a>” chegar as telas brasileiras, já era possível comprar seu dvd dos ambulantes e locadoras de Xangai pelo equivalente a R$1,75. “Locadoras” na verdade é um eufemismo cunhado pelos brasileiros da área, já que não é necessário ter ficha de sócio ou mesmo devolver o filme que você leva para casa. A capa, luxuosamente impressa com relevo seco no título, está em alemão (Wir wünschen ihnen einen angeehmen flug Snakes on a plane), a lombada em chinês e o verso, com a descrição do filme e os indefectíveis elogios de jornais e revistas, em inglês: “<em>Big oil means big money. Very big money. And that fact unleashes corruption that stretches from Houston to Washington to the Mideast. George Clooney (Academy Award and Golden Globe Winner as Best Supporting Actor), Matt Damon and Jeffrey Wright lead a stellar cast in a thriller written and directed by Traffic Academy Award Winner Stephen Gaghan</em>” e assim prossegue. Apesar da cara raivosa do protagonista Samuel Jackson estampada, o texto é sobre outro filme, <a href="http://www.imdb.com/title/tt0365737/" target="_blank">Syriana</a>, com Clooney, Damon etc. E apesar do disco ter a mesma imagem (alemã) da capa em perfeita policromia, foi filmado direto do cinema (as silhuetas passando na frente da imagem se encarregam de deixar isto bem claro) e legendado com criativa liberdade quanto ao enredo por alguém com um nível lá não miuito avançado de inglês. E quando, nos créditos finais, se cruza com uma referência a um ski/snowboard instructor (em um filme que se passa dentro de um avião e que em nenhum momento mostra uma cena de neve) percebe-se que nem isso é verdadeiro!<br /><br />Em seu livro <a href="http://www.amazon.com/gp/redirect.html?ie=UTF8&location=http%3A%2F%2Fwww.amazon.com%2FChina-Inc-Superpower-Challenges-America%2Fdp%2F0743257359%2Fsr%3D8-1%2Fqid%3D1165311653%3Fie%3DUTF8%26s%3Dbooks&tag=d3tidetecu-20&linkCode=ur2&camp=1789&creative=9325" target="_blank">China Inc.</a><img src="http://www.assoc-amazon.com/e/ir?t=d3tidetecu-20&l=ur2&o=1" width="1" height="1" border="0" alt="" style="border:none !important; margin:0px !important;" />, o jornalista norte-americano Ted C. Fishman lembra que “os regimes severos de propriedade intelectual são invenção relativamente recente e existem (…) no interesse de proporcionar um ambiente que crie mais opções para os consumidores, e nos fim das contas para o crescimento econômico.” É o caso aqui, onde a indústria da falsificação cria milhões de empregos em produção e comercialização, e que proporcionam ao povo chinês bens a um custo mais baixo – e não estou me referindo aí a carteiras Louis Vuitton, mas a livros escolares, roupas e mesmo alguns equipamentos médicos, além da, como Fishman cita, “(…) tecnologia estrangeira de que a China muito precisa para atingir seus objetivos industriais.”<br /><br />Que é justamente onde podemos encontrar um paralelo verde amarelo – inclusive com a nossa área. Nas duas últimas décadas o desenvolvimento do mercado (e mesmo em termos de linguagem) do design brasileiro só foi/é possível graças a existência dos softwares piratas, que permitem que estudantes e profissionais exerçam suas atividades de estudo, pesquisa e trabalho a um custo real. Aos preços oficiais impostos pelas companhias, isto seria impossível. As companhias de software apresentam números assustadores quando falam das perdas, mas pela lógica chino-brazuca que Fishman apresenta, “quem poderia ser prejudicado se o software é pirateado por pessoas que de outra forma nunca o comprariam?”<br /><br />Peraí, eu prometi que não íamos falar disso de maneira tão crítica, não? Fechando com uma amenidade: uma semana após a estréia em Londres do novo James Bond, <a href="http://imdb.com/title/tt0381061/" target="_blank">Casino Royale</a>, o dvd com o filme já podia ser encontrado aqui. Mas esse eu não cheguei a ver por que as donas da minha “locadora” não me deixaram levar – aparentemente, a qualidade era muito ruim até para os padrões locais: pelo que entendi, tinha sido filmado do cinema com um celular Nokia. Não duvido nada.<br />Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-83362738596646647822006-11-14T16:27:00.001+08:002006-11-30T06:51:30.336+08:00e-Commerce na China: números e tendências para 2006<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/photodreams/249131973/" title="JackMa_PMcM" target="_blank"><img src="http://static.flickr.com/86/249131973_fffae2d115_m.jpg" alt="Jack Ma e Phillip McMaster no Alibaba.com" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/photodreams/249131973/" title="Jack Ma e Phillip McMaster no Alibaba.com" target="_blank">Jack Ma e Phillip McMaster no Alibaba.com</a><br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/photodreams/" title="confira mais fotos de Adventurpreneur no FLICKR" target="_blank">Adventurpreneur</a></span></div>China pode tornar-se o maior mercado online do mundo nos próximos 2 anos: o número de <a href="http://english.people.com.cn/200607/20/eng20060720_284904.html" target="blank_" title="chineses plugados na Internet já passa dos 123 millhões">chineses plugados na Internet já passa dos 123 millhões</a> e a quantidade de <a href="http://en.youth.cn/review/200607/t20060724_343284.htm" title="pessoas usando banda larga subiu para 45.3%">pessoas usando banda larga subiu para 45.3%</a> durante a primeira metade deste ano, chegando a 77 milhões. Estudos mostram que <a href="http://www.joystiq.com/2006/08/07/chinese-spend-the-most-time-online/" title="um típico internauta chinês costuma passar 17.9 horas por mês (36 minutos por dia) envolvido em atividades online">um típico internauta chinês costuma passar 17.9 horas por mês (36 minutos por dia) envolvido em atividades online</a>, seja bate-papo, blogando, <a href="http://designative.blogspot.com/2006/10/nmeros-da-intenet-na-china-online.html" target="blank_" title="jogando">jogando</a>, ou comprando.<br /><br />Investidores estrangeiros que quiserem abocanhar parte deste mercado vão ter que aprender a língua: <a href="http://money.cnn.com/2005/11/17/technology/china_internet/" target="blank_" title="85% dos internautas chineses gastam seu tempo visitando sites com conteúdo em Mandarim">85% dos internautas chineses gastam seus tempo visitando sites com conteúdo em Mandarim</a>. "A indústria da Internet é profundamente atrelada a conteúdo", diz o Professor Guo Liang, da <a href="http://www.cass.net.cn/" target="blank_" title="Academia da Ciências Socials da China">Academia de Ciências Socials da China</a> em Beijing, que recentement produziu o <a href="http://www.cnnic.net.cn/download/2006/18threport-en.pdf" target="blank_" title="18o relatório estatístico do desenvolvimento da Internet na China">18˚ relatório estatístico do desenvolvimento da Internet na China</a>.<br /><br />Olhando os números com calma, verifica-se que o <a href="http://marketplace.publicradio.org/shows/2006/01/18/PM200601181.html" target="blank_" title="e-Commerce tem demorado a se desenvolver na China">e-Commerce tem demorado a se desenvolver na China</a> por diversas razões, como <a href="http://www.emarketer.com/Report.aspx?china_jul06&tab=Toc" target="blank_" title="a pouca penetração dos cartões de crédito">a pouca penetração dos cartões de crédito</a>, a <a href="http://thechinaventure.com/?p=32" target="blank_" title="desconfiaça do consumidor chinês">desconfiaça do consumidor chinês</a>, bem como a fraca infraestrutura logística e poucos canais de distribuição. Ávidas por fazer parte da revolução de consumo chinesa, empresas tanto estrangeiras quanto da China -- como <a href="http://www.chinamobile.com/ENGLISH/index.html" title="China Mobile">China Mobile</a>, DHL e UPS -- tem feito investimentos de tempo e dinheiro para enfrentar as dificuldades.<br /><br />Tais esfoços tem dado retorno: consumidores chineses agora visitam em enxurrada sites de compra, como o da <a href="http://www.joyo.com/" target="blank_" title="Joyo">Joyo</a> -- subsidiária chinesa da Amazon.com -- e seu concorrente <a href="http://home.dangdang.com/" title="Danddang">Danddang</a>, que recentente conseguiu captar <a href="http://www.pacificepoch.com/newsstories/67400_0_5_0_M/" target="blank_" title="30 milhões de dólares">30 milhões de dólares</a> de um fundo de investimento. Joyo -- assim como outros sites de compras -- tem expandido seus serviços, passando da venda de livros para eletrônicos e outros produtos, aumentando o número de produtos ofertados de 45.000 para 450.000 em apenas dois anos.<br /><br />O crescimento da Joyo reflete o potencial de crescimento do e-commerce na China. Estima-se que mais de 2 milhões de chineses compraram produtos ou serviços online em 2001. Já em 2006, o número de chineses fazendo pedidos online deve passar de 20 milhões, segundo estimativas do <a href="http://www.researchcmr.com/" target="blank_" title="China Market Research Group CMR">China Market Research Group CMR</a>. Este ano, espera-se que <a href="http://www.theregister.co.uk/2005/01/17/china_ecommerce/" target="blank_" title="2 de cada 3 chineses façam compras online">2 de cada 3 chineses façam compras online</a>, com livros e equipamento de informática como itens mais populares.<br /><br />Outras estatísticas indicam crescimento em todas as áreas do e-commerce: em 2004, <a href="http://china.seekingalpha.com/article/14162" target="blank_" title="todo o mercado de leilões online da China girava em torno de 561 milhões de dólares">todo o mercado de leilões online da China girava em torno de 561 milhões de dólares</a>; este número cresceu 200%, <a href="http://www.thetycoonreport.com/tycoon_report/20060719.html" target="blank_" title="chegando a 1.7 bilhão de dólares em 2005">chegando a 1.7 bilhão de dólares em 2005</a>, dos quais <a href="http://www.taobao.com/" target="blank_" title="Taobao">Taobao</a> posiciona-se como um dos principais atores do mercado. Segundo o CEO do Alibaba.com, <a href="http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=4770462" target="blank_" title="Jack Ma">Jack Ma</a>, Taobao vai em breve <a href="http://www.forbes.com/home/feeds/afx/2005/05/20/afx2043109.html" target="blank_" title="dominar o mercado de leilões online">dominar o mercado de leilões online</a>, batendo de frente contra o <a href="http://www.forbes.com/afxnewslimited/feeds/afx/2006/05/15/afx2744949.html" target="blank_" title="eBay">eBay</a>.<br /><br />Se tais tendências de crescimento continuarem, <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-07/18/content_4850539.htm" target="blank_" title="o volume de transações online na China devem chegar a 1 trilhão de iuanes">o volume de transações online na China deve chegar a 1 trilhão de iuanes</a> (algo em torno de 89 bilhões de dólares), uma forte subida em relação aos 700 bilhões de iuanes do ano passado. "Podemos finalmente falar em explosão do e-commerce na China", diz <a href="http://www.ccidconsulting.com/e_products/channel/report_detail.asp?Content_id=7131" target="blank_" title="Chi Congbing">Chi Congbing</a>, analista do CCID Consulting.<br clear="all" />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-21211675332670491952006-10-17T08:10:00.000+08:002006-11-29T20:00:11.971+08:00Números da Internet na China: Online Gaming<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/shizukabazooka/156265623/" title="Internet Cafe" target="_blank"><img src="http://static.flickr.com/78/156265623_cecd0de950_m.jpg" alt="Internet Cafe" style="border: 2px solid rgb(153, 102, 51);" /></a> <br /> <span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/shizukabazooka/156265623/" title="Internet Cafe" target="_blank">Internet Cafe</a> <br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/shizukabazooka/" title="confira mais fotos de shizukabazooka no FLICKR" target="_blank">shizukabazooka</a> </span></div>De acordo com o <a href="http://www.cnnic.net.cn/en/index/" target="_blank">China Internet Network Information Center</a>, a população de usuários de Internet na China ultrapassou os 123 milhões no final do junho -- 63% destes tem acesso via banda-larga. Mais de 20 milhões de chineses costumam jogar online, e o comércio eletrônico via Internet aumentou 50% em relação ao ano passado.<br /><br />Estimativas indicam que o <a href="http://www.thestandard.com/movabletype/datadigest/archives/003210.php" target="_blank">faturamento da indústria de jogos online</a> deve chegar a US$1.3 bilhão em 2009, representando um crescimento anual de 35%, segundo o <a href="http://www.idc.com/getdoc.jsp?containerId=AP3221S2N" target="_blank">IDC</a>. Tal crescimento termina por <a href="http://www.gamasutra.com/php-bin/news_index.php?story=7776">beneficiar outros setores</a>: jogos online geraram um incremento de 17.3 bilhões de iuanes (2.14 Bilhões de dólares) para indústria de <a href="http://technorati.com/tag/telecommunication+china" target="_blank">telecomunicações</a>, 7.1 bilhões de iuanes (887.5 milhões de dólares) para a indústria de <a href="http://technorati.com/tag/information+technology+china" target="_blank">Tecnologia da Informação</a>, e 30 milhões de iuanes (3.7 milhões de dólares) para o mercado de <a href="http://technorati.com/thttp://beta.blogger.com/img/gl.link.gifag/publishing+china" target="_blank">publicações</a>.<br /><br />Diferentemente dos consumidores americanos -- que constumam pagar US$ 50 por um jogo -- jogadores na China, onde a pirataria ainda é norma, <a href="http://www.businessweek.com/bwdaily/dnflash/nov2005/nf20051116_3993_db065.htm">não estão dispostos a pagar</a> muito pelos jogos. Sendo assim, desenvolvedores de jogos tem sido forçados a usar de muita criatividade para descobrir <a href="http://www.thestandard.com/movabletype/datadigest/archives/003210.php">novas formas de faturar</a>: segundo, Bill Bishop, CEO da empresa de desenvolvimento de Jogos <a href="http://www.red-mushroom.com/en/index.htm">Red Mushroom Studios,</a> uma das áreas de faturamento da indústria que mais cresce na China é a da venda de <a href="http://www.sunlabs.com/people/slandau/ACM_DRM.pdf">equipamento virtual</a> para personagens de jogos.<br /><br />A sub-cultura de jogos online tem criado até novas profissões na China: em cidades como <a href="http://www.fallingrain.com/world/CH/19/Liaozhong.html" target="_blank">Liaozhong</a>, coletar objetos virtuais para posterior revenda tem se tornado uma <a href="http://www.chinadaily.com.cn/china/2006-07/24/content_647842.htm" target="_blank">fonte de renda</a> para muitos <a href="http://www.foxnews.com/story/0,2933,215860,00.html" target="_blank">jovens</a>. Estimativas <a href="http://www.siliconvalley.com/mld/siliconvalley/news/local/15066711.htm">conservadoras</a> admitem que estes chamados <a href="http://www.youtube.com/watch?v=ho5Yxe6UVv4" target="_blank">gold-farmers</a> movimentam <a href="http://technorati.com/tag/gold+farming" target="_blank">clandestinamente</a> um indústria de 200 milhões de dólares anuais.<br />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-79730564070867378862006-10-16T07:18:00.000+08:002006-11-29T20:02:33.186+08:00Chinese e seus celulares: SMS<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/michaeeel/45540031/" target="_blank" title="Monge digitando mensagens SMS"><img alt="Monge digitando mensagens SMS" src="http://static.flickr.com/26/45540031_25c00c2dff_m.jpg" style="border: solid 2px #996633;"></img></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/michaeeel/45540031/" target="blank" title="Monge digitando mensagens SMS">Monge digitando mensagens SMS</a><br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/michaeeel/" target="blank" title="Visite a página de Michaeeel no FLICKR">Michaeeel</a></span></div>Os <a href="http://technorati.com/tag/mobile+phones+china" rel="tag">celulares</a> são onipresentes por toda China... nada de incomum (mas, às vezes, portados em situações até <a href="http://www.flickr.com/photos/michaeeel/45540031/" target="_blank" title="Monge digitando mensagens SMS">inusitadas</a>)... os números, por outro lado, são astrônomicos: até 1997 existiam apenas 10 milhões de assinantes de telefonia celular... hoje são mais de <a href="http://www.msnbc.msn.com/id/11519322/" target="_blank">400 milhões</a>. Mais impressionante ainda é o número de mensagens (SMS): só nos primeiros 10 meses de 2005 foram mais de <a href="http://english.china.com/zh_cn/business/telecom/11024502/20051123/12878379.html" target="_blank">260 bilhões</a>. As mensagens curtas são tão <a href="http://www.flickr.com/photos/michaeeel/45540031/" target="_blank" title="Monge digitando mensagens SMS">populares</a> que sua demanda gerou um infinidade de negócios baseados em sistemas automáticos que respondem a mensagens enviadas por usuários via SMS: pode-se consultar <a href="http://www.postkard.com/guanxi/guanxi%20sms.htm" target="_blank">listas telefônicas</a> via SMS, fazer <a href="http://www.xianzai.com.cn/ezine/bj-h-en/3-213.htm" target="_blank">reservas em restaurantes</a> por SMS e tantos outros.<br clear="all">Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-1160811141973180362006-10-14T15:25:00.000+08:002006-11-29T20:04:20.888+08:00Vende-se o que se possa imaginar... mas não ligue agora!<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/designative/113916543/" title="Vende-se o que se possa imaginar... mas não ligue agora!" target="_blank"><img src="http://static.flickr.com/47/113916543_d31d23d8fa_m.jpg" alt="Vende-se o que se possa imaginar... mas não ligue agora!" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/designative/113916543/" title="Vende-se o que se possa imaginar... mas não ligue agora!" target="_blank">Vende-se o que se possa imaginar...</a><br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/designative/" title="confira mais fotos de Itamar & Fabiane Medeiros no FLICKR" target="_blank">Itamar & Fabiane Medeiros</a></span></div>Numa combinação de mão de obra barata e componentes eletrônicos à preço de banana, vemos na foto uma versão turbinada dos "<a href="http://www.flickr.com/photos/fabian17/107737364/" target="_blank">homens-sanduíche</a>": em pleno o XuJiaHui, <a href="http://www.flickr.com/photos/designative/114006268/" target="_blank">o centro comercial mais movimentado de Shanghai</a>, é muito comum vermos uns rapazes carregando nas costas uma maleta (provavelmente com um notebook dentro), acoplada a um monitor LCD de 17 pol... no monitor são exibidas "campanhas interativas"... alguns comercias de TV tradicionais, ou animações em Flash (que fazem muito sucesso por aqui!).<br clear="all" />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-1160810499648998622006-10-14T15:15:00.000+08:002006-11-29T20:03:50.513+08:00China, Socialismo e Consumo<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/danwashburn/52298871/" title="photo sharing"><img src="http://static.flickr.com/33/52298871_4b1b2ce604_m.jpg" alt="" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"> <a href="http://www.flickr.com/photos/danwashburn/52298871/">Ferrari Store</a> <br />créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/danwashburn/">shanghaidiaries.com</a> </span></div>Com a abertura e o crescimento da economia, tem surgido uma nova classe social, inusitada para uma China comunista: a dos <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-01/12/content_4042094.htm">milionários</a>. De acordo com uma pesquisa da <a href="http://www.us.capgemini.com/worldwealthreport/">Cap Gemini/Merrill Lynch</a>, o número de milionários (em dólares americanos) na China já somam mais 230 mil. A grande maioria destes novos ricos escolhem Shanghai para <a href="http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=nifea&&sid=aHG7rH_nn.2M">acumular suas riquezas</a> e <a href="http://news.xinhuanet.com/english/2004-03/01/content_1338853.htm">gastar seu dinheiro</a>. E estes novos ricos são consumidores exigentes: segundo <a href="http://news.xinhuanet.com/english/2004-11/09/content_2194818.htm">Yang Qingshan</a>, secretário-geral da Associação Chinesa para Estratégias de Branding, mais e mais chineses tem feito investimentos em <a href="http://technorati.com/tag/luxury+items" target="_blank">commodities de luxo</a>, como automóveis, relógios, roupas finas, acessórios e cosméticos.<br /><br />Atrás destes novos ricos, vem uma porção de novos negócios até bem pouco tempo atrás inimagináveis no "Império do Centro": a feira dos milionários -- evento organizado pela revista <a href="http://www.millionaire.com/">Millionaire</a> pela primeira vez em 2001 em Amsterdam -- após passar por países como França, Bélgica e Holanda, <a href="http://www.shanghai-star.com.cn/Shanghai_Delta/Shanghai_Delta_news.asp?lv1=1&lv2=2&newsid=390&viewsid=390&views=2">será realizada pela primeira vez num país asiático este ano</a>, em Shanghai. Seus organizadores esperam que 10.000 visitantes compareçam ao evento.<br /><br />Apesar da infra-estrutura ainda incipiente, o comércio eletrônico floresce abastecido de tantos clientes abastados: <a href="http://www.china.org.cn/english/BAT/141558.htm">o número de empreendimentos online na china já passa dos 20 milhões</a>.<br /><br />As <a href="http://www.chinadaily.com.cn/english/doc/2005-05/19/content_444101.htm">marcas de luxo</a> do mundo todo tem sido atraídas por estes novos clientes: <a href="http://www.dior.com/">Dior</a>, após abrir várias lojas na China que faturam anuamente 11 milhões de yuans -- algo em torno de 1.3 milhão de dólares--, recentemente lançou um Centro Dior em Shanghai, o terceiro no mundo após Paris e Tokyo, esperando ultrapassar a marca dos 15 milhões de yuans de faturamento anual.<br /><br />O <a href="http://service.china.org.cn/link/wcm/Show_Text?info_id=128850&p_qry=SARS">mercado de automóveis</a> de luxo foi o primeiro a perceber potencial do mercado, e há anos já colhe frutos do seus investimento na Ásia: 3 das 4 unidades mais caras de carros fabricados pela <a href="http://www.bentleymotors.com/">Bentley</a> no ano passado, cada uma custando mais de 8 milhões de yuans -- algo em torno de 1.07 milhão de dólares, foram comprados por bilionários chineses; 15% da venda anual de limousines da <a href="http://www.rolls-royce.com/">Rolls-Royce</a> tem na Ásia seus compradores.<br /><br />Apesar desta explosão na demanda, o cidadão comum chinês ainda mantêm o dinheiro em baixo do colchão: a <a href="http://www.china.org.cn/english/2003/Apr/62728.htm">poupança interna da China</a> ultrapassa os 9 trilhões de yuans -- um pouco mais de 1 trilhão de dólares, representando mais de <a href="http://www.cefc.com.hk/uk/pc/articles/art_ligne.php?num_art_ligne=1703">45% do PIB chinês</a>. Como comparação, <a href="http://clipping.planejamento.gov.br/Noticias.asp?NOTCod=198398">a poupança interna brasileira</a> gira em torno de 25% do PIB. A taxa do consumo em relação ao produto interno bruto da China <a href="http://www.worldwatch.org/features/chinawatch/stories/20051216-1">não passa dos 50%</a>, muito abaixo dos 80% da média mundial.<br /><br />Ainda assim, o Governo Central Chinês não quer que seus camaradas descuidem e acaba de sancionar um sistema de taxas sobre artigos que luxo, visando conter a extravagância e promover os <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-03/27/content_4352407.htm">valores socialistas</a>.<br clear="all" />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-1160810365806590162006-10-14T15:12:00.000+08:002006-11-29T20:03:20.754+08:00China, Desenvolvimento e Meio Ambiente<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/rigbyjacob/51132078/" title="shanghai at dusk"><img src="http://static.flickr.com/30/51132078_ac8d28c9dd_m.jpg" alt="shanghai at dusk" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/rigbyjacob/51132078/">shanghai at dusk</a> <br /> créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/rigbyjacob/" title="confira mais fotos de Jacob Rigby no FLICKR">Jacob Rigby</a></span></div>Desde que começou sua abertura econômica, quando foram estabelecidos os primeiros <a href="http://english.gov.cn/2006-02/08/content_182571.htm">planos plurianuais</a> em 1979, a China vem se desenvolvendo de maneira inacreditável, com números do valor do produto interno bruto saltando de <a href="http://english.gov.cn/2006-02/08/content_182571.htm">44 bilhões de dólares para 1,6 trilhão de dólares</a> em pouco mais de 20 anos.<br /><br />Todo este crescimento é impulsionado por uma indústria de manufatura que tem devorado os recursos naturais do planeta de maneira alarmante: em 2004, a China -- o país com o 8° maior produto interno bruto -- <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-03/21/content_4330364_1.htm">consumiu da produção mundial</a>: 8% do petróleo, 31% do carvão, 10% da eletricidade, 30% do minério de ferro, 30% do aço, 19% do alumínio, 20% do cobre e 40% do cimento.<br /><br />Junte esta demanda a meios de produção ainda <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-03/21/content_4330364_1.htm">pouco eficientes</a> (os setores de geração de energia, da indústria aço e química consomem 40% a mais de energia que os países desenvolvidos) e temos um dos países que mais <a href="http://economistsview.typepad.com/economistsview/2005/08/pollution_in_ch.html">poluem</a> o mundo: segundo o Banco Mundial, <a href="http://www.worldbank.org/NIPR/data/china/status.htm">6 das 10 cidades mais poluídas do planeta</a> estão na China.<br /><br />A preocupação com a qualidade de vida dos cidaçãos, bem como a <a href="http://news.xinhuanet.com/english/2006-03/23/content_4337065.htm">capacidade de continuar crescendo sustentadamente</a> levou o <a href="http://english.gov.cn/about.htm">Governo Central Chinês</a> a modificar a macro-estratégia de desenvolvimento para os próximos <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-03/20/content_4330362.htm">cinco anos</a>: iniciativas -- tantos estatais como privadas -- de criação de novos projetos ou zonas de desenvolvimento darão ênfase muito maior aos <a href="http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=3104453">aspectos ambientais e de sustentabilidade</a>. Setores como <a href="http://news3.xinhuanet.com/english/2006-03/21/content_4330364.htm">tecnologia de informação, financeiro e turismo</a> passarão a ser estimulados e incentivos especiais serão criados para gerar investimentos em <a href="http://news.xinhuanet.com/english/2006-01/12/content_4044465.htm">inovação tecnológica</a>.<br /><br />Como as mudanças geradas por tais políticas públicas não ocorrem do dia para noite, os moradores de grandes cidades como Shanghai ainda vão ter que conviver com os problemas gerados pela poluição por algum tempo: o céu constantemente encoberto por um <a href="http://www.flickr.com/photos/rigbyjacob/51132078/">nevoeiro tóxico</a>, complicações respiratórias, olhos irritados, etc.<br clear="all" />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-36005709.post-1160810080760695842006-10-14T15:08:00.000+08:002006-11-29T20:02:56.529+08:00Caligrafia Chinesa: Tipografia, Design e Ilustração<div style="float: right; margin-left: 10px; margin-bottom: 10px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/designative/110389211/" title="Nanxum: Tradição Caligráfica/Tipográfica"><img src="http://static.flickr.com/53/110389211_d0b2e62593_m.jpg" alt="Nanxum: Tradição Caligráfica/Tipográfica" style="border: solid 2px #996633;" /></a><br /><span style="font-size: 0.9em; margin-top: 0px;"><a href="http://www.flickr.com/photos/designative/110389211/" title="Nanxum: Tradição Caligráfica/Tipográfica">Nanxum: Tradição Caligráfica/Tipográfica</a><br /> créditos: <a href="http://www.flickr.com/people/designative/" title="confira mais fotos de Itamar & Fabiane Medeiros no FLICKR">Itamar & Fabiane Medeiros</a> </span></div>A caligrafia tem uma tradição muito antiga e respeitada na China, se perdendo no tempo e se confundindo com folclore: lendas atribuem sua invenção a um homem chamado <a href="http://www.chinavoc.com/arts/calligraphy/origin.asp">Cang Jie</a>, por volta do 2.600 a.C. Hoje, a caligrafia é símbolo de erudição e exerce uma profunda influência no Design chinês. Chego a acreditar que a caligrafia, com seu método de aprendizado que enfatiza a repetição/reprodução até a exaustão, chega a modelar a visão de mundo dos chineses, sobretudo dos artistas. Deixe-me explicar por que:<br /><br />Recentemente participei do processo de seleção de alunos que receberiam bolsas para estudar no <a href="http://www.rafflesdesign.com/school/accademic.asp?file=1">Raffles Design Institute</a>, no qual tive que analisar o trabalho de mais 400 alunos chineses, vindos de academias de arte e escolas de segundo grau de Shanghai, bem como de outras províncias da China. O trabalho a ser analisado consistia basicamente em um exame de habilidades específicas, dividido em duas partes: DESENHO POR OBSERVAÇÃO e ILUSTRAÇÃO.<br /><br />Na primeira parte, várias baterias de candidatos eram colocados diantes de uma sequência de slides de figuras populares (artistas de televisão, músicos, políticos, etc), objetos ou paisagens. Pedia-se que os candidatos desenhassem em sua folha-de-resposta -- dentro de um intervalo de apenas 5 minutos -- a imagem que estava diante deles! Na segunga parte, canditados deviam ilustrar -- novamente dentre de um intervalo de apenas 5 minutos -- diversos CONCEITOS ABSTRATOS, como FELICIDADE, REFLEXÃO, FLEXIBILIDADE.<br /><br />Ao analisar os resultados, fiquei bastante impressionado com a qualidade, firmeza, velocidade e precisão dos desenhos que vi na primeira parte do teste. Minha primeira impressão é a grande maioria dos alunos eram ilustradores profissionais.<br /><br />Ao passar para segunda parte, entretanto, fui surpreendido pela dificuldade que os conceitos foram ilustrados (inclusive pelos candidatos que antingidos bom resultados na primeira parte!): a grande maioria dos candidatos abordou os conceitos de forma muito superficial. Até o estilo de desenho mudava: candidatos que aparentavam ter um traço mais maduro, passaram a illustrar como crianças, usando <a href="http://www.sfdt.com/">figuras de pauzinhos</a>.<br clear="all" />Itamar Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/03193432448356456866noreply@blogger.com2