sábado, outubro 14, 2006

China, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Desde que começou sua abertura econômica, quando foram estabelecidos os primeiros planos plurianuais em 1979, a China vem se desenvolvendo de maneira inacreditável, com números do valor do produto interno bruto saltando de 44 bilhões de dólares para 1,6 trilhão de dólares em pouco mais de 20 anos.

Todo este crescimento é impulsionado por uma indústria de manufatura que tem devorado os recursos naturais do planeta de maneira alarmante: em 2004, a China -- o país com o 8° maior produto interno bruto -- consumiu da produção mundial: 8% do petróleo, 31% do carvão, 10% da eletricidade, 30% do minério de ferro, 30% do aço, 19% do alumínio, 20% do cobre e 40% do cimento.

Junte esta demanda a meios de produção ainda pouco eficientes (os setores de geração de energia, da indústria aço e química consomem 40% a mais de energia que os países desenvolvidos) e temos um dos países que mais poluem o mundo: segundo o Banco Mundial, 6 das 10 cidades mais poluídas do planeta estão na China.

A preocupação com a qualidade de vida dos cidaçãos, bem como a capacidade de continuar crescendo sustentadamente levou o Governo Central Chinês a modificar a macro-estratégia de desenvolvimento para os próximos cinco anos: iniciativas -- tantos estatais como privadas -- de criação de novos projetos ou zonas de desenvolvimento darão ênfase muito maior aos aspectos ambientais e de sustentabilidade. Setores como tecnologia de informação, financeiro e turismo passarão a ser estimulados e incentivos especiais serão criados para gerar investimentos em inovação tecnológica.

Como as mudanças geradas por tais políticas públicas não ocorrem do dia para noite, os moradores de grandes cidades como Shanghai ainda vão ter que conviver com os problemas gerados pela poluição por algum tempo: o céu constantemente encoberto por um nevoeiro tóxico, complicações respiratórias, olhos irritados, etc.

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